Indústria e varejo: cooperação possível

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Você tem uma boa relação com os seus parceiros? Sabe quais ações colaborativas entre indústria e varejo que podem te gerar mais lucro?

A relação entre indústria e varejo pode ser mutuamente lucrativa, se estabelecida da maneira adequada. Neste blogpost trataremos de algumas práticas recomendadas para obter bons resultados com este relacionamento.

Os anos de pandemia do covid-19 geraram impactos sanitários em todo o mundo. As medidas de contenção à proliferação do vírus, como o isolamento social, também causaram efeitos na economia.

Nesse sentido, indústria e varejo precisaram encontrar pontos de equilíbrio para contornar a crise sanitária e econômica – que resultou em escassez de matéria-prima, de mão de obra e de consumo (para alguns segmentos).

Dessa forma, em um esforço conjunto histórico, os setores têm muito a ganhar, especialmente se conseguirem manter o relacionamento a longo prazo.

Pensando nisso, selecionamos algumas medidas tomadas pela indústria e varejo durante a pandemia e elencamos ainda outras ações que podem estender uma boa relação entre fabricantes e lojistas.

Então, continue com a gente e saiba mais sobre o assunto para gerar bons resultados para o seu negócio.

Indústria e Varejo durante e após a pandemia

O rápido alastramento do coronavírus, em conjunto com sua gravidade, fez com que os governos tomassem medidas drásticas. Entre elas, o isolamento social fez com que empresas e outras organizações fechassem as suas portas temporariamente.

A medida gerou a paralisação na extração de matérias-primas e na fabricação dos produtos – o que comprometeu a disponibilidade de muitos itens nas prateleiras das lojas.

Segundo levantamento realizado pela BBC Brasil, houve escassez de matéria-prima e consequente aumento nos preços no país.

Além disso, o aumento do desemprego e a alta da inflação durante a pandemia diminuíram o poder de compra dos brasileiros.

O cenário fez com que indústria e o varejo se unissem para que, juntos, pudessem conter os danos gerados pela crise.

Uma das ações foi a liberação, pela indústria, de R$ 2 bilhões em verbas direcionadas ao varejo no ano de 2021, como aponta o Valor Econômico.

Em entrevista à publicação, Eugenio Foganholo, diretor da consultoria Mixxer, afirma que:

“Nos anos de bonança, as empresas tiram o pé do acelerador em termos de verbas. (…) Mas tudo indica que 2022 será um ano de mais solavancos, e com os varejistas sentindo maior pressão em caixa, aumenta a necessidade desses acordos pelo lado das lojas”.

As ações envolvem verbas de marketing, como apoio em campanhas publicitárias, além de exposição nas gôndolas do varejista

As fábricas também oferecem suporte ao varejo com outra medida: a bonificação. Por ela, são estipuladas metas de compra da indústria e de venda ao cliente. Quando os resultados desejados são alcançados, o fabricante bonifica o comércio com abatimentos e com outros métodos.

Medidas como essas estão mantendo os níveis de otimismo moderado dos empresários brasileiros, como aponta Agência Brasil

Boas práticas de relacionamento entre indústria e varejo

Para que o panorama econômico melhore, muitas ações precisam ser tomadas. Entre elas, a cooperação entre indústria e varejo é uma ação que pode gerar resultados no curto, médio e longo prazo.

Para a SA Varejo, Rodrigo Zata – diretor comercial e de marketing do Grupo Bahamas (MG), pontua que:

Temos necessidade de seguir crescendo de forma sustentável. O caminho para isso passa por conter o máximo possível o impacto de aumento de preços para os consumidores e reduzir rupturas, perdas e despesas, evitando gastos que não sejam essenciais”. 

O diretor comercial ainda aponta que a revisão de sortimento é importante para que o varejo possa ser mais assertivo e que “nesse contexto, sem dúvida, a indústria poderá contribuir em várias frentes”.

Confira, então, algumas colaborações entre indústria e varejo que podem alavancar os negócios para ambos os setores:

1 – Gestão de categoria

O ditado que diz que a “união faz a força” pode até ter se tornado um clichê, mas descreve com propriedade o que é a gestão de categoria.

Nessa técnica, o fabricante se responsabiliza com o varejista sobre o gerenciamento de um agrupamento de itens.

Dessa forma, ambos trabalham para que as categorias produzidas pela indústria e que são vendidas no comércio possam ter alto desempenho.

Por exemplo: uma fábrica de laticínios e um supermercado podem elaborar, juntos, as melhores práticas de logística para que os produtos estejam sempre abastecidos nos expositores.

2 – Proximidade entre fabricantes e varejistas

Quanto mais as empresas estiverem em sintonia, melhores serão os resultados desta cooperação. É o que confirma Zata:

A sinergia e a proximidade com o varejista serão importantes para conseguir personalizar planos de acordo com a regionalidade de cada um e fazer melhores alinhamentos e negócios. Com um maior planejamento, melhoramos nossas compras e com maior previsibilidade a indústria consegue atuar melhor em cima de sua disponibilidade”.

Dessa forma, o estreitamento da relação entre indústria e comércio é capaz de proporcionar maior entendimento entre os segmentos e, consequentemente, gerar estratégias mais precisas para ambos.

3 – Monitoramento de preços 

Por fim, o monitoramento de preços é importante tanto para a indústria quanto para o varejo.

Fabricantes que estão atualizados sobre os números que chegam ao consumidor final têm informações preciosas para entender as margens que os clientes realmente aceitam.

Então, eles têm ricos inputs para direcionar a produção dos seus itens em concordância com as expectativas e o poder de compra do mercado.

O varejista, por outro lado, monitora a precificação da concorrência e consegue ter um olhar claro sobre as táticas de pricing mais usadas da atualidade.

Nesse sentido, ele pode observar a sua própria formação de preço e adequá-la, dentro de margens aceitáveis, às demandas da clientela.

Além disso, monitorar os valores praticados pelo varejo é importante para que indústria e comércio possam, inclusive, ajustar margens de lucro obsoletas.

Isto é, as empresas que acompanham a precificação de mercado têm dados suficientes para corrigir possíveis desajustamentos e, assim, aumentar a sua lucratividade.

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