Retailment: o que é? Veja exemplos de lojas brasileiras

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Você sabe o que retailment? Descubra porque este modelo de negócio tem ganhado espaço no varejo brasileiro.

A união de duas palavras em inglês (retail + entertainment) deu origem a uma grandiosa tendência para o varejo mundial: o retailment

O conceito vem para acompanhar as demandas de um consumidor cada vez mais exigente e em busca de melhores experiências com as marcas.

Dessa maneira, o retailment é um conjunto de práticas voltadas ao entretenimento do cliente e que são aplicadas em lojas físicas.

Espaços aconchegantes, convidativos e que dão atenção especial ao contato dos compradores com os produtos e serviços são algumas das soluções apresentadas por esta trend mundial.

Se você quer conhecer detalhes sobre o retailment e exemplos de lojas brasileiras que realizam a prática, acompanhe e descubra tudo sobre o entretenimento aplicado ao varejo físico.

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O que é retailment

Retailment é o uso do entretenimento (entertainment) associado à experiência dos compradores no varejo físico (retail). 

A ideia é tornar todos os contatos do potencial cliente com a empresa em momentos prazerosos e divertidos, facilitando a caminhada pela sua jornada como consumidor.

O objetivo é fazer com que a experiência de compra seja agradável, fácil e que promova o bem-estar dos usuários, agilizando a sua tomada de decisão e promovendo um real engajamento com a marca.

A pandemia do covid-19, que teve início em 2020, e o consequente isolamento social aceleraram um processo que já vinha sendo observado no mundo todo.

Com o e-commerce e o crescimento volumoso das compras on-line, o varejo físico precisou apostar em mais atrativos para fazer com que as pessoas se deslocassem até às lojas.

De acordo com pesquisa da Adyen, plataforma global de pagamentos, após a crise sanitária 50% dos brasileiros querem voltar, por prazer, às compras nas lojas físicas.

Ainda que boa parte dos entrevistados tenha informado que vai fazer mais compras online após a pandemia, o desejo de ir até o varejo físico é um comportamento que persiste no brasileiro.

Por isso, pensar em boas estratégias para atrair e reter o consumidor em seu ponto físico é crucial para ter boas vendas.

Confira a seguir algumas práticas retailment que você pode aplicar ao seu negócio.

Slow Sell

O “slow sell” é um conceito que traz tranquilidade para o momento de compra. Em uma realidade cada vez mais acelerada, ele promove um ambiente calmo e aconchegante para que os clientes possam ter suas demandas atendidas sem correria.

A experiência de compra é feita em um ritmo que seja mais confortável para o comprador, evitando atritos e trazendo mais fluidez para o processo.

Filas gigantes, burocracia e outros ruídos são eliminados ou diminuídos, tornando o negócio um verdadeiro oásis em meio à turbulência do dia a dia.

O Pão de Açúcar tem adotado o conceito slow selling em suas lojas e começou em uma das grandes unidades de São Paulo. No caso da empresa, apostaram em tornar a experiência do cliente mais confortável possível. 

Existem espaços para pets, onde o cliente acompanha pelo app no celular; caixas de autoatendimento para um checkout mais ágil; estufas de legumes e verduras, e sucos feitos e envasados na hora.

Atitudes como essa, podem aumentar o tempo de permanência do cliente na loja, aumentando o crescimento de vendas. 

Webrooming

Esta é, na realidade, uma prática dos clientes e à qual o seu varejo pode se adaptar para aderir o conceito de retailment.  

O webrooming é a ação dos potenciais clientes de pesquisar produtos online e, só então, ir até à loja física para avaliar os itens e fazer a sua aquisição.

Neste caso, o comprador já conhece vários atributos, características e informações sobre os bens.

Então, é trabalho do varejo físico proporcionar experiências personalizadas ao visitante a fim de que ele não saia da loja sem o produto desejado e previamente pesquisado.

Na Hering, rede de fast fashion, por exemplo, o cliente tem uma experiência integrada entre online e offline.

Em seu espaço físico, se o comprador não encontrar o item que ele quer, poderá efetuar a transação na loja e receber a compra em sua casa posteriormente.

Varejo Instagramável

Você já ouviu falar em lojas instagramáveis? Pois este é um conceito cada vez mais desejado pelos clientes que usam o Instagram

Como você já deve saber, esta é uma poderosa rede social.

Segundo pesquisa divulgada pela HootSuite, 81% dos mais de 1 bilhão de usuários mensais usam o Instagram para procurar produtos e serviços.

Mas, outro aspecto relacionado a este app vem chamando a atenção dos negócios fora da internet: os usuários estão buscando locais onde possam ir e garantir boas fotos para os seus próprios perfis.

Assim, o varejo instagramável é aquele que consegue gerar um espaço divertido e atraente para fotografias, vídeos e outros conteúdos que serão publicados nas redes dos clientes.

A ideia é ter um ambiente com decoração, cores, luzes, objetos, música e cenários que reflitam a essência da marca ao mesmo tempo em que favoreçam bons cliques aos usuários.

A primeira loja de KitKat do Brasil é um exemplo deste conceito. Repleta de locais temáticos dignos de excelentes fotos para os amantes de chocolate, ela tem uma ambientação perfeita para fotos do Instagram.

Exemplos de retailment

Quer ver mais exemplos de retailment? Confira, então, as práticas da Amaro e da Decathlon para encantar clientes nas suas lojas físicas.

Hippo Supermercados

Comemorando o seu aniversário de 24 anos no dia 26 de agosto de 2021, a Rede Hippo realizou uma live da 4ª edição do Hippo Gourmet Experience, um evento que acontece desde 2018.

Nessa edição, a rede convidou o chef Leo Paixão, jurado do reality show de gastronomia da Globo “Mestre do Sabor”. 

Em 2020, o Hippo entregou boxes gastronômicos e preparou 9 aulas-show com chefs regionais para realizar uma experiência diferenciada para os clientes que, por causa da pandemia, não poderiam comemorar o aniversário com a empresa presencialmente. 

Confira o e-book preparado para a edição de 2020, com diversas receitas. 

Amaro Guide Shop

A Amaro é uma empresa de moda que nasceu online, em 2012. Com o aumento da demanda, a marca expandiu seu atendimento para unidades físicas.

A fim de se destacar neste concorrido mercado, ela apostou em uma ambientação diferenciada e tecnologia para atrair os clientes até às lojas Amaro Guide Shop.

De acordo com Roberto Thiele, CTO e cofundador da marca:

“Um dos grandes focos da AMARO sempre foi oferecer a experiência do varejo do futuro a nossos clientes e os guide shops são parte fundamental desse plano.”

Decathlon

A empresa de materiais esportivos tem lojas espalhadas por vários países.

Em algumas unidades, a Decathlon oferece espaços interativos com os itens para a prática de atividades físicas.

Dessa maneira, os clientes podem ter verdadeiras imersões neste universo de forma prazerosa e lúdica, descobrindo novas soluções para exercícios físicos com o retailment.

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