mulher no ambiente de supermercado analisando tendências do varejo

10 Tendências do Varejo para 2026: o futuro da inteligência e do consumo

Seu negócio está preparado para acompanhar as tendências do varejo em 2026?

Você já parou para pensar em como a tecnologia vai transformar sua gôndola nos próximos anos? Sente que o comportamento do consumidor está mudando cada vez mais rápido? 

O ecossistema de consumo está em transformação acelerada, impulsionado por tecnologia, um consumidor mais analítico e a busca incessante por conveniência e valor. 

Ignorar essas tendências do varejo não é mais uma opção, pois o futuro do setor exige uma tomada de decisão mais rápida, granular e baseada em dados.

Neste artigo, compilamos algumas das principais pautas que vêm sendo abordadas sobre este assunto, para tentar ajudar varejistas e indústrias a decifrarem esse novo cenário. 

Vamos juntos explorar como a inteligência de dados, a hiperpersonalização e novos modelos de negócio vão redefinir a competitividade no próximo ano.

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1. IA Generativa no Core do Negócio

A Inteligência Artificial Generativa (GenAI) deixou de ser apenas uma ferramenta de automação para se tornar um parceiro estratégico. 

Para o varejo e a indústria, isso significa uma revolução na eficiência e na tomada de decisão. Sua capacidade de otimizar operações em tempo real, analisar cenários complexos e criar conteúdo está se tornando um diferencial competitivo.

Uma pesquisa da Gartner de 2025 aponta que 79% dos CIOs do varejo planejam aumentar o investimento em IA e Machine Learning nos próximos 12 a 18 meses para personalizar a experiência do cliente e otimizar processos.

Varejistas como o Carrefour, por exemplo,  já utilizam essa tecnologia para sugerir cestas personalizadas, economizando tempo do cliente e da operação. 

O impacto financeiro é gigantesco: estima-se trilhões em valor adicionado à economia global.

Aliás, a consultoria McKinsey estima que a GenAI pode adicionar entre $2.6 a $4.4 trilhões em valor anualmente para a economia global, e os setores de Varejo e Bens de Consumo estão entre os mais impactados.

2. Hiperpersonalização 2.0: a Era do “Eu S.A.”

Esqueça a segmentação em massa. Agora, a regra é tratar cada consumidor como um mercado único. 

Utilizando dados primários (first-party data), as empresas antecipam necessidades individuais. 

Dados primários são todas as informações que a empresa capta direto dos seus próprios clientes e públicos — como histórico de compras, comportamento no site, interações nas redes sociais, cadastros, e-mails e até feedbacks.

Por serem coletados com consentimento e na fonte, esses dados têm mais precisão e relevância, permitindo entender melhor o consumidor, personalizar jornadas e direcionar ações de marketing com muito mais eficiência.

Aliás, consumidores esperam que as marcas entendam seus desejos em tempo real, o que aumenta significativamente a conversão e a fidelidade.

Estudos da SmarterHQ e McKinsey mostram consistentemente que a personalização pode aumentar a receita em 5% a 15%.

O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, com os apps Pão de Açúcar Mais e Clube Extra, usa algoritmos para gerar centenas de milhares de “ofertas personalizadas” semanais baseadas no histórico de compras, sendo um driver de fidelidade.

3. Retail Media 3.0: Full Funnel

Uma das tendências do varejo mais comentadas atualmente é a de Retail Media, estratégia em que o varejista transforma seus próprios canais de venda — físicos ou digitais — em espaços de mídia, oferecendo às marcas a oportunidade de anunciar diretamente para quem já está no momento de compra.

As marcas estão indo além das vendas de banners em sites. A nova era do Retail Media foca em performance e ROI comprovado, conectando o anúncio online com a venda na loja física. 

O IAB Brasil projeta que o investimento em Retail Media no país deve ultrapassar R$ 4 bilhões em 2025, com crescimento superior a 25% ao ano.

Um ponto importante: Cerca de 90% das vendas do varejo ainda acontecem na loja física. O grande desafio é usar dados digitais para influenciar e medir essa compra offline.

4. O Consumidor-Analista e o “Value Hacking”

Impulsionado pela inflação e pelo acesso à informação, o consumidor aprendeu a “hackear” o sistema. Ele combina promoções, usa cupons e alterna entre canais (como Atacarejo e Supermercado) para maximizar seu orçamento. 

A jornada de compra é complexa e exige estratégias de precificação igualmente sofisticadas.

Segundo pesquisa da CNDL/SPC Brasil de 2025, 91% dos consumidores brasileiros pesquisam online antes de fazer uma compra em loja física.

E em 2024, 68% dos lares brasileiros mudaram marcas ou locais de compra para otimizar o orçamento, beneficiando o Atacarejo.

5. ESG como Decisor de Compra

Consumidores, sobretudo os mais jovens, recompensam marcas que demonstram compromisso real com sustentabilidade e transparência.

De acordo com pesquisa realizada pela NielsenIQ em 2025, 49% dos consumidores brasileiros afirmam que os compromissos ESG de uma marca impactam “muito” sua decisão de compra, 

Empresas como a Nestlé e JBS já investem pesado em rastreabilidade e embalagens recicláveis para atender a essa demanda.

6. Quick Commerce: A Nova Conveniência

A entrega de produtos de supermercado e farmácia em menos de 30 minutos (Quick-Commerce) consolida-se como um novo hábito de consumo, impulsionado por players como Rappi e iFood. 

O Q-Commerce atende à demanda por imediatismo, forçando todo o ecossistema a se adaptar.

O sucesso deste modelo operacional depende de uma rede de “dark stores” (centros de distribuição urbanos) e de gestão de estoque e precificação em tempo real.

7. A “Servitização” do Varejo

Para atrair fluxo, as lojas estão virando centros de serviços. Para aumentar o fluxo de clientes e a rentabilidade, os varejistas estão transformando suas lojas em centros de serviços, agregando valor além da simples venda de produtos.

Seja uma farmácia realizando exames clínicos ou um supermercado oferecendo espaços gourmet e adegas com sommeliers, o objetivo é transformar o ponto de venda (PDV) em um destino de experiência e conveniência.

Redes como o St. Marche, por exemplo, oferecem espaços de café e sushi bar. E as farmácias brasileiras, realizaram mais de 15 milhões de atendimentos clínicos em 2024.

8. Colaboração Radical (CPFR 2.0)

A ruptura de estoque continua sendo um grande vilão. 

A solução para 2026 é a colaboração profunda entre indústria e varejo, compartilhando dados em tempo real para prever demandas e reabastecer gôndolas de forma proativa, evitando perdas bilionárias.

9. Marcas Próprias “Premium”

As marcas próprias estão sofisticando seu portfólio, lançando linhas premium, orgânicas e saudáveis. Elas desafiam diretamente as líderes de categoria, e não apenas as marcas B e C.

7 em cada 10 consumidores brasileiros já consideram a qualidade das marcas próprias igual ou superior à das marcas tradicionais, de acordo com pesquisa da Kantar de 2025.

No Brasil, este é o segmento de mais rápido crescimento dentro das lojas, superando 20% ao ano.

10. A “TikTokzação” da Descoberta

As tendências de mídia também estão impactando as tendências do varejo.

A jornada de compra agora começa no feed de vídeos curtos. 

O fenômeno “TikTok Me Fez Comprar” transforma o marketing. De acordo com dados da Opinion Box de 2025, 58% dos usuários brasileiros do TikTok já compraram um produto após vê-lo na plataforma.

A autenticidade do conteúdo gerado pelo usuário (UGC) no TikTok tem mais poder de conversão do que grandes campanhas tradicionais, forçando a indústria a repensar seus investimentos de marketing.

Impactos das tendências do varejo para supermercados, farmácias e indústrias

As tendências do varejo não afetam todos os segmentos da mesma forma. A seguir, destrinchamos os impactos diretos em três nichos cruciais.

Tendências do Varejo Farmacêutico 

O setor farmacêutico está no epicentro da “Servitização”.

  • Serviços e Saúde: O volume de atendimentos clínicos em farmácias cresceu mais de 50% em 2024, consolidando o ponto de venda (PDV) como um polo de saúde primária. O farmacêutico não é mais só um vendedor, mas um agente de serviço.
  • Quick Commerce: Farmácias precisam integrar o Q-Commerce para atender a demanda por medicamentos e itens de conveniência em menos de 30 minutos. A precificação ultrarrápida e a gestão de sortimento focado se tornam cruciais.
  • Personalização: A Hiperpersonalização 2.0 é essencial para sugerir o mix certo de vitaminas, cosméticos e serviços preventivos baseados no perfil de saúde de cada cliente.
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Tendências do Varejo Supermercadista 

O supermercadista lida com o consumidor-analista e a competição interna das marcas próprias.

  • Value Hacking e Preço: A complexidade da jornada do consumidor exige que as estratégias de precificação e promoção sejam sofisticadas. O supermercado precisa de inteligência de dados em tempo real para entender o movimento do consumidor-analista.
  • Marcas Próprias Premium: A sofisticação da marca própria (como a Taeq do GPA) transforma o varejista em um concorrente direto de seus fornecedores. A gestão analítica do “spread” de preço é fundamental para manter a rentabilidade da categoria, porque a marca própria acirra a competição.
  • Servitização (Alimentos): A oferta de refeições prontas e de qualidade é um fator importante na escolha de onde o consumidor faz suas compras, o que exige que o supermercado invista em áreas como sushi bar e café.
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Tendências na indústria FMCG (Bens de Consumo de Giro Rápido) 

A indústria precisa se adaptar à nova dinâmica de descoberta de produtos e à demanda por transparência.

  • TikTokzação: A indústria deve repensar seus investimentos de marketing, deslocando verbas do trade marketing tradicional para estratégias de social commerce e marketing de influência.
  • ESG: A transparência é valor. Empresas como a JBS usam blockchain para garantir a rastreabilidade da carne, porque o ESG se tornou um critério de compra.
  • Retail Media: A indústria é a principal cliente do Retail Media. Ela exige que o varejista prove o ROI das campanhas, ligando a publicidade online à venda física (full-funnel).
  • Colaboração Radical: É crucial investir em plataformas de dados colaborativas com o varejo para evitar perdas de vendas e aumento de custos causados pela ruptura, que afeta tanto o varejista quanto o fornecedor.
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Importância da tecnologia e dos dados para se adaptar às tendências do varejo

Diante de tanta complexidade, a tecnologia deixa de ser um acessório e vira o sistema nervoso central do negócio. As tendências do varejo para 2026 mostram que a intuição não é mais suficiente; é preciso dados acionáveis.

O sucesso e a sobrevivência de varejistas e indústrias dependerão, cada vez mais, da velocidade e da granularidade com que tomam decisões baseadas em informações precisas.

O crescimento do Quick Commerce, por exemplo, cria um ambiente de preços ultrarrápidos e sortimento focado que, para muitos, é um “buraco negro” de informação. 

Aqui na InfoPrice, nós iluminamos esse universo. Nossas soluções de monitoramento permitem que varejistas e indústrias decodifiquem as estratégias de preço desses novos competidores ágeis.

Além disso, com a ascensão das Marcas Próprias Premium, surge a necessidade crítica de gerir o “spread” de preço entre a marca própria e a marca líder. Nossa plataforma de inteligência de preços ajuda a definir o posicionamento ideal para garantir que a marca própria seja atrativa sem destruir a rentabilidade da categoria.

Seja facilitando a colaboração de dados entre indústria e varejo para evitar rupturas ou fornecendo insights em tempo real para combater o consumidor “hacker de valor”, a InfoPrice se posiciona como o parceiro estratégico para guiar sua empresa. Afinal, entender e agir sobre as tendências do varejo é o que separará os líderes dos seguidores em 2026.

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